Dando continuidade à nossa missão, recebemos nesta quinta-feira, dia 18 de abril de 2024, o primeiro acolhido de uma leva de dez novos moradores que chegarão à nossa instituição nos próximos dias.

Sentimos ecoar a fala de São Luís Orione que, naqueles tempos difíceis, abria o coração e os braços para acolher a todos:

“As portas do Pequeno Cotolengo, não se perguntará a quem chega se tem um nome, uma cor ou uma religião, mas apenas se tem uma dor”.

Para esclarecer melhor este nome “Pequeno Cotolengo”, voltamos no tempo, ao ano de 1830, quando o Pe. José Benedito Cotolengo, hoje canonizado pela Igreja, fundou “La Piccola Casa”, uma instituição para pobres doentes em Turim, na Itália. A obra multiplicou-se pelas mãos de São Luís Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência, (padres e irmãs orionitas) sendo levada para diversos países, dentre os quais o Brasil.

São Luís Orione criou os Pequenos   Cotolengos como grandes púlpitos de evangelização, nas periferias das grandes cidades. Confirmando uma inspiração de São José Cotolengo que dizia que “se nós soubéssemos quem eram os pobres, os serviríamos de joelhos”, Dom Orione costumava passar horas cuidando com carinho e dedicação dos seus queridos pobres. Quando alguém o chamava, não hesitava em dizer “tenham calma comigo, estou cuidado de Nosso Senhor Jesus Cristo”. 

O nosso instituto em Brasília é uma destas obras, um Pequeno Cotolengo que acolhe especialmente pessoas portadoras de deficiências mentais múltiplas, que sejam abandonadas pelas famílias ou que precisam de atendimento e cuidados especiais.

Por isso, para nós é uma alegria receber entre nós mais um morador, o Hamilton Pereira, que era um sofredor de rua e fará parte de nossa família. Que este nosso irmãozinho possa sentir-se de fato amado e acolhido, valorizado como pessoa e cidadão. E que nós, numa dimensão espiritual profunda, possamos ver em nossos assistidos, aquilo que São Luís Orione enxergava: 

No mais sofredor dos homens brilha a imagem de Deus”.